Suba a minha oração perante a vossa face como incenso, e as minhas mãos levantadas sejam como o sacrifício da tarde. {Salmos 141:2}

domingo, 14 de dezembro de 2008

Que venham as estações...




If I was young, I'd flee this town
I'd bury my dreams underground
As did I, we drink to die, we drink tonight


Far from home, elephant gun
Let's take them down one by one
We'll lay it down, it's not been found, it's not around


Let the seasons begin - it rolls right on
Let the seasons begin - take the big king down
Let the seasons begin - it rolls right on
Let the seasons begin - take the big king down


And it rips through the silence of our camp at night
And it rips through the night
And it rips through the silence of our camp at night
And it rips through the silence, all that is left is all that i hide


.[Elephant Gun - Beirut :: que pena não poder postar música aqui... ]

- ausência .





Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces

Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto.

No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida

E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.

Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado.

Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados

Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada

Que ficou sobre a minha carne como nódoa do passado.

Eu deixarei... tu irás e encostarás a tua face em outra face.

Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada.

Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite.

Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa.

Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço.

E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.

Eu ficarei só como os veleiros nos pontos silenciosos.

Mas eu te possuirei como ninguém porque poderei partir.

E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas.

Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada.



Vinicius de Moraes

domingo, 16 de novembro de 2008

O drama de amar




Se "beijos não são contratos"
A vida é feita de atos
E nós vivemos a encenar

Nossas máscaras de agradar
Desfazem-se em lágrimas
Numa comédia tão trágica
Acaba-se todo um sonhar

Para onde vai todo o esforço
Em fazer alguém feliz?
Resume-se a um esboço
No chão, riscado com giz...

O cenário logo escurece
As cortinas fecham-se rápido
E com o tempo se esquece
A beleza do primeiro ato

O outro já não nos enternece
E então, saímos pela coxia
Deixando no palco o sonho e a magia
De um tempo que não volta mais.








:: renatinha lima ~ 12.11.08

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Fidelidade




Quero encontrar o amor que nunca tive
Gestos novos, palavras nunca ditas
Emoções corriqueiras e inimagináveis

Quero encontrar a novidade, enfim
Num amor que não cabe em mim
No meu medo das coisas estáveis

Leiamos uma vez mais
Os livros que já lemos juntos
Renovemos nossos assuntos
Diminuamos nossos “ais”

Deixa-me adoçar teu café
Fazer-te um agrado, um cafuné
Que nos faça esquecer quem somos
Que nos faça lembrar os sonhos

Refletir-me sempre nos mesmos olhos
Com uma dose a mais de ternura
Sentir sempre as mesmas mãos
Com o toque inesperado de candura
Beijar sempre os mesmos lábios
Esgotando-os em carinho e fartura

O amor que nunca tive é, ao fim,
O amor que sempre tive em mim
É a paixão que se transformou
Na suave (in)constância do amor.
16.10.08
; renatinha limaa ~ *

sexta-feira, 5 de setembro de 2008


O sol enegrecido a que minha vida se assemelhou outrora

Perdeu-se lá atrás, rasgou-se na aurora,

Explosão de novos sonhos a brilhar e a surgir


Seus raios esticam-se, espalham-se,

Penetram em todas as frestas

Do telhado, da janela, do olhar,do entendimento

Vêm trazendo um Presente

A quem se dispõe a admirar


Um minuto apenas, alguns segundos

E o cálido beijo-abraço do astro-rei

Já se pode sentir

Forma-se a mensagem na mente:

"É... preciso... seguir... em frente."

"É... preciso... recomeçar."


No coração, no espírito, como quiser chamar

O Presente do Eterno é entregue,

E as águas do mar tornam-se em límpida nascente

Água viva que reluz e que flui da gente

Gotículas de alegria no ar


A Misericórdia, novinha em folha,

É deixada no coração cuidadoso

Até a próxima manhã

Quando o entregador luminoso

Vier trazer a encomenda novamente.

sábado, 9 de agosto de 2008

Autopsicografia ~ Fernando Pessoa



O poeta é um fingidor.

Finge tão completamente

Que chega a fingir que é dor

A dor que deveras sente.


E os que lêem o que escreve,

Na dor lida sentem bem,

Não as duas que ele teve,

Mas só a que eles não têm.


E assim nas calhas de roda

Gira, a entreter a razão,

Esse comboio de corda

Que se chama coração.

Ética


Certo dia, estava eu perto do fim da fila do Restaurante Universitário, já me preparando psicologicamente para esperar bastante, quando meu desconhecido colega da frente, que depois descobri ser do curso de filosofia, interrompe meus pensamentos com o seguinte comentário:
- É impressionante como esse pessoal fura a fila, não é?
- Ah, é! Eles vão entrando, na maior “cara-de-pau”.
- Imagina só que profissionais serão esses... Eu vou continuar fazendo a minha parte.
- É verdade, mas se a pessoa que for passada para trás não reclamar, tudo vai continuar como está. Nós também temos que mudar a nossa atitude.
- As pessoas já estão acostumadas. O errado, quando é conveniente, se torna certo, ou no mínimo menos errado.
Meu colega tirou um livro da mochila e começou a lê-lo, dando aqueles sinais não-verbais, porém inconfundíveis, de fim de conversa. Eu fiz o mesmo, mas meus pensamentos continuavam no assunto. Eu me perguntava, então: “Se em um ambiente elitizado como uma universidade, onde se supõe que haja pessoas educadas, acontecem incidentes lamentáveis como este, o que se pode esperar do resto da população? O que podemos esperar de nós mesmos, que somos a esperança da nação, se desde o início agimos de forma corrupta e omissa?”
Sabemos que “furar” a fila não é algo realmente tão grave assim. No máximo, pode gerar um congestionamento e fazer com que os que estão mais atrás esperem um pouco mais para almoçar. Entretanto, refletindo sobre ética, percebemos que é de pequenas atitudes que ela se constitui. Desde um pequeno “furo” em uma fila até um desvio de verba pública, o princípio é o mesmo: obter benefício próprio, fingindo que o outro não existe. Kant nos diz que a Natureza nos impele a agir por interesse, sendo este a forma natural do egoísmo que nos leva a usar coisas e pessoas como meios e instrumentos para alcançar o que desejamos. Contudo, não podemos simplesmente dar vazão a todo tipo de desejo natural, submetendo os outros à nossa necessidade/vontade. Existe em nosso redor, além de pessoas a quem devemos respeitar por sua condição humana, toda uma cultura que já estava estabelecida antes de nascermos. Hegel critica Kant e Rousseau por não terem atentado para a relação do sujeito humano-Cultura e História. Além de seres livres, o filósofo afirma que somos seres históricos e culturais. Isso significa que, além de nossa vontade individual subjetiva, existe ainda outra vontade, muito mais poderosa, que determina a nossa: a vontade objetiva, inscrita nas instituições ou na Cultura. Ele diz ainda que uma sociedade entra em declínio quando os membros contestam os valores vigentes e agem de modo a transgredi-los.
No Brasil, a falta de ética na política está em evidência, sendo discutida amplamente, mas não é somente nesse âmbito que ela acontece. O esfacelamento das ideologias tem causado confusão ao se pretender o estabelecimento de princípios de conduta. A falta de referenciais éticos afeta toda a sociedade, que tem duas maneiras de reagir: a revolta ou a conivência. A última é, certamente, a mais cômoda. Não é preciso pensar muito, nem se esforçar demasiadamente... É só aceitar tudo pronto, e seguir as práticas dos outros, sem analisá-las. A revolta é encontrada mais visivelmente em artigos de jornais, revistas, ensaios filosóficos e sociológicos; porém, na prática, é algo raro de se ver.
Em situações simples do nosso cotidiano, como esta da fila, verificamos que, ao fazer uma reclamação diante de uma situação considerada errada ou desvantajosa coletivamente, o indivíduo ainda é rechaçado pelo grupo, que o trata com olhares de reprovação e com impaciência. Apenas quando a situação toma proporções maiores, os outros os seguem com uma mentalidade de “rebanho”, isto é, muitas vezes sem ter conhecimento pleno daquilo que está sendo reclamado; simplesmente seguindo os líderes.
Assim, notamos que, sem ética, a vida em sociedade vira um caos, não podendo vir disto nenhum progresso. O código moral não tem um fim em si mesmo, mas seu objetivo principal é justamente garantir a integridade do grupo social e o bem-estar dos indivíduos que o constituem.

Renata Lima.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Só sei que não sei viver sem você


Não sei se você ainda me quer
Como sua namorada
O que sei é que parada
Já não posso mais ficar

Não sei se sorriso ou silêncio
Se poema ou lágrima,
Telefonema ou carta,
Pra revelar minha intenção

Não sei se orgulho ou loucura,
Se indiferença ou candura,
Carro de som ou faixa na rua,
Pra fazer você me olhar

Só sei que essa dor me inspira
E aqui dentro há uma voz que grita:
“Tenha esperança! Não pare de lutar!”

Só sei que preciso realmente de você
Que eu não posso te perder, nem recuar
Você é uma parte de mim...

Só sei que nós dois erramos
Que esquecemos nossos sonhos e planos
E que não podemos acabar assim...

Não sei qual será a sua resposta,
Só sei que esta é a minha proposta:
– Volta pra mim?





;renatinha ribeiro ~ *

quinta-feira, 26 de junho de 2008

clichê sentimentalóide melodramático


Por que tínhamos que partir?
Por que fomos tão apressados?
Um beijo como adeus
Nós dois tão calados...

O vento frio, gelado
Daquela noite azul e fria
Não te teria mais ao meu lado
A brisa do mar à noite é tão sombria...

Depois que anoiteceu
Nada mais eu vi,
Não sei o que aconteceu,
Disseste mesmo o que ouvi?

As ondas quebravam com violência
Mas era difícil reconhecê-las na escuridão
Revoltado assim estava meu coração
Com a tua futura ausência

Que inconseqüência te amar!
E só agora me dizes
Que não vais mais estar...

Pois bem, que te vá!
E se um dia voltares
Não mais me encontrarás...

sábado, 21 de junho de 2008

Dezoito



Dezoito anos tenho eu
Dezoito primaveras
A idade das quimeras
Da infância que se perdeu

A menina que brincou deveras
Ainda não se cansou
Sua boneca ainda a espera
Junto ao coelhinho Tambor

Mas agora não dá tempo
A vida adulta está chegando
A obrigação é um fio puxando
Para bem longe da puerícia

Temos que desviar o olhar
Evitar gente desconhecida
Ir levando a vida
Correndo sem pensar

Temos que perder a inocência,
O amor, a complacência,
Perder o tempo, grande tesouro
Que possuíamos sem notar

Estar na transição
entre adulto e criança
Dá uma certa tensão
Mas traz também esperança

Pois há à frente, um horizonte
Indistinto, um alto monte
Cujo cume sonhamos alcançar

O que há lá? Só Deus sabe
Por isso a Ele cabe
O papel de nos orientar

Então eu sigo com confiança
Pois sendo adulta ou criança
Tenho o Pai para me guiar.

sábado, 24 de maio de 2008

A incapacidade de ser verdadeiro


Paulo tinha fama de mentiroso. Um dia chegou em casa dizendo que vira no campo dois dragões-da-independência cuspindo fogo e lendo fotonovelas. A mãe botou-o de castigo, mas na semana seguinte ele veio contando que caíra no pátio da escola um pedaço de lua, todo cheio de buraquinhos, feito queijo, e ele provou e tinha gosto de queijo. Desta vez Paulo não só ficou sem sobremesa, como foi proibido de jogar futebol durante quinze dias. Quando o menino voltou falando que todas as borboletas da Terra passaram pela chácara de Siá Elpídia e queriam formar um tapete voador para transportá-lo ao sétimo céu, a mãe decidiu levá-lo ao médico. Após o exame, o Dr. Epaminondas abanou a cabeça: “Não há nada a fazer, Dona Coló. Este menino é mesmo um caso de poesia”.



Carlos Drummond de Andrade : D

quarta-feira, 21 de maio de 2008

A cidade do sol - apenas impressões pessoais


Uma madrugada, nada demais
No dia seguinte não há aula
E a história precisa continuar
Como um filme no cinema,
Que não tem intervalo.

Os meus olhos brilham junto
Com os de esmeralda de Laila, e não crêem
Ao ler o nome "Tariq", ficando tão ou mais
sem fôlego do que ela ao ver seu amor
Depois de tanto tempo... Tanto sofrimento...

A dor, a coragem e a abnegação de Mariam
A morte merecida de Rashid
O amor de uma vida inteira, sensato e louco,
De Laili e Majnoon; Laila e Tariq.
O pressentimento do que iria acontecer a Nana...

Todo o meu ser devorou este livro
E as suas palavras ainda estão
Ressonando no meu coração
Essa bela história, que ficará em minha memória
Assim como a revolta por uma guerra sem vitória...
Sem vencedores e sem sentido....
[Não tenho palavras: é lindo!]

quinta-feira, 15 de maio de 2008

As águas de minha vida



Num mar de saudade
Memórias inquietantes me inundam
Sonhos afogados me perturbam
Quimeras doutra cidade....

Quando nasci, era um rio transparente
Que pela força da corrente
Foi deixando-se levar

Eu era uma límpida nascente
Uma criança inconseqüente
Livre dos perigos do mar

Mas poluíram-me a alma em dissabores
Falsas promessas, falsos doutores,
Querendo o meu rio assorear

Os sedimentos, as folhas caídas
As flores das primaveras vividas,
Tudo caminha para a foz:
O oceano - destino atroz!

Onde tudo irá se misturar...

quarta-feira, 7 de maio de 2008

A Flor Bela dos sonetos de oiro





Se tu viesses ver-me...


Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,

A essa hora dos mágicos cansaços,

Quando a noite de manso se avizinha,

E me prendesses toda nos teus braços...


Quando me lembra: esse sabor que tinha

A tua boca... o eco dos teus passos...

O teu riso de fonte... os teus abraços...

Os teus beijos... a tua mão na minha...


Se tu viesses quando, linda e louca,

Traça as linhas dulcíssimas dum beijo

E é de seda vermelha e canta e ri


E é como um cravo ao sol a minha boca...

Quando os olhos se me cerram de desejo...

E os meus braços se estendem para ti...

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Lua cheia de desejos


Lua cheia sobre a rua
Andava nua pela escada
Provocava bela a balançar
Sussurrando palavras cálidas

Noite dos apaixonados
Que vêem nela uma criança
Na madrugada a esperança
De amores embriagados

Adoradores do pecado
Amantes do desejo
Seus lábios semi cerrados
Molham-se com beijos

Somente a lua, parte do enredo
Tudo observa em silêncio contido
Guarda o libertino segredo
Dos amantes escondidos

Guarda os suspiros proibidos
E as juras de amor
Empresta todo o seu brilho
Ó astro inspirador!


..:: Parceria inusitada entre Rê Ribeiro e Seu Leozinn ^^" ::..

segunda-feira, 21 de abril de 2008

falando de amor


Quão bonito é o nosso amor
Em versos quero te falar
Das bênçãos que o Senhor
ainda há de nos dar
.
Sei que não sou capaz
De versar como você,
Mas tentarei, em linhas gerais,
Expressar meu bem-querer
.
O teu abraço, o teu calor
Quero para sempre sentir
Na angústica ou na dor
Sei que posso confiar em ti
.
Como são doces os teus beijos!
São como mel sem fim
Sinto falta dos teus lábios
Quando estás longe de mim
.
Amo quando me elogias
Ou reparas em como me arrumei
Me dás a certeza, todos os dias
De que o meu ungido eu encontrei
.
O teu carinho, a tua atenção
É que te fazem tão diferente
Tu és o único em meu coração
Porque tu dizes o que sentes
.
O que Deus uniu
Homem algum separará
Foi Jesus quem permitiu
E Ele não se arrependerá.

sábado, 19 de abril de 2008

É proibido pensar - João Alexandre

[detesto letra em caixa alta, mas só encontrei assim, e assumo minha preguiça de escrever tudo de novo... Reflitam =) ]

PROCURO ALGUÉM PRA RESOLVER MEU PROBLEMA,
POIS NÃO CONSIGO ME ENCAIXAR NESSE ESQUEMA,
SÃO SEMPRE VARIAÇÕES DO MESMO TEMA,
MERAS REPETIÇÕES.

A EXTRAVAGÂNCIA VEM DE TODOS OS LADOS,
E FAZ CHOVER PROFETAS APAIXONADOS,
MORRENDO EM PÉ, ROMPENDO EM FÉ DOS CANSADOS....
QUE OUVEM SUAS CANÇÕES...
ESTAR DE BEM COM A VIDA É MUITO MAIS QUE RENASCER....
DEUS JÁ ME DEU SUA PALAVRA..
E É POR ELA QUE EU AINDA GUIO MEU VIVER!

RECONSTRUINDO O QUE JESUS DERRUBOU..
RECOSTURANDO O VÉU QUE A CRUZ JÁ RASGOU..
RESSUSCITANDO A LEI, PISANDO NA GRAÇA, NEGOCIANDO COM
DEUS!
NO SHOW DA FÉ MILAGRE É TÃO NATURAL,
QUE ATÉ PREGAR COM A MESMA VOZ É NORMAL..
NESSE EVANGELIQUÊS UNIVERSAL....
SE APOSSANDO DOS CÉUS...
ESTÃO DISTANTE DO TRONO, CAÇADORES DE DEUS
AO SOM DE UM SHOFAR.

E MAIS UM ÍDOLO IMPORTADO DITA AS REGRAS PARA NOS
ESCRAVIZAR: É PROIBIDO PENSAR !

domingo, 13 de abril de 2008

.poexistindo


A poesia é um vício
Uma compulsão benigna
Mania de ver beleza em tudo
Até na tristeza, um conteúdo

Mania de palavrear
De procurar rimas
Um amor estranho às palavras
E à sua melodia

Permutação de fonemas
De morfemas combinados
Estética de dilemas
Diamantes lapidados

Fome de ler poesia
Procura incessante por livros
Como se fosse sustento
Esse sonoro alimento..

Ritmo, métrica, verso
Doce combinação
Da prosa, o inverso
Porém sinônimo de emoção.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

O Carteiro e o Poeta ♥



O carteiro e o poeta
Que história tão triste!
Minha alma não projeta
Não realiza por que partiste!
Uma amizade tão pura,
Temperada com poesia,
Tocou-me por sua ternura
E deixou eterna nostalgia.
Perguntas a serem respondidas
Continuam em meu ser:
Por que tantas palavras perdidas?
Como pôde o carteiro morrer?
Uma criança sem pai
Com um nome vazio...
Uma mulher cujo amor
Foi-se embora, como um rio
As borboletas de seu sorriso
Já não se espalham mais
Só restaram lágrimas e dor
Das ontas batendo no cais
Parece que gritam seu nome
Que vasculham a areia
Procurando aquele homem
Com a ajuda das sereias
Mas nem mesmo o mar,
Com o seu bramido
Poderá fazer voltar
O carteiro amigo
O idealismo o levou
E agora, só os versos
Podem servir, a quem o amou
Como uma espécie de remédio.
E ele se alegrará,
De onde estiver,
Ao ouvir uma metáfora soar.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

tão nindoo ^^ Drummond

As sem-razões do amor

Eu te amo porque te amo,
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.

Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.

Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.


----------------- Carlos Drummond de Andrade

terça-feira, 8 de abril de 2008

poeminha pra tirar as teias de aranha...

Chegada à UFMA

O doce som da Universidade FM
Nos recebe calmamente
Acalenta o corpo que geme
E relaxa a nossa mente

A voz e o violão
Nos fazem esquecer
Do ônibus com sua lotação
E nos preparam para aprender

Nossos mestres nos emocionam
Com tamanha dedicação e prestreza
Além do amor e compreensão
Diante de nossas incertezas
Nos fazem amar ainda mais
A nossa Língua Portuguesa

Literatura...
A arte da expressão em palavras
Implica um profundo sentimento
A poesia das alegrias cantadas
E das tristezas chorando ao vento

Tudo isso desvelamos
Neste universo descoberto
Que a energia de quando entramos
Esteja sempre por perto!


~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~


domingo, 9 de março de 2008

08 de março [atrasadin]



Agora me diz... Tem coisa mais fofa?
[mamys ^^]










..::VOTEM NA ENQUETE ABAIXO À DIREITA PLZ::..


No dia da mulher,
nada mais feminino do que uma rosa.
Uma rosa cor-de-rosa!
Nada mais parecido com a gente.
Nós somos delicadas,
singelas, meigas,
enfeitamos o mundo
Nos revelamos aos poucos,
pétala por pétala
Exalando um delicioso perfume.
Perfume de amor
Cheiro de carinho
de delicadeza...
De nós, desabrocha uma vida
que temos o privilégio de carregar
Deus nos escolheu para acolher a vida
mais um sinal de como somos especiais.
Tudo visto pelos nossos olhos
é visto de outra maneira.
Às vezes somos choronas, temos TPM
e somos um pouco complicadas.
Mas que rosa não tem espinhos?
Somos todas rosas
e merecemos ser tratadas como tal.
Viva a mulher ! : )

sábado, 1 de março de 2008

Enfim, uma poesia !


Até que enfim uma poesia nesse blog de nome tão "poético", não é ?

Tava com vergoonha :$

Mas agora vai:


Eu, renascida das cinzas,
fênix nas mãos do Glorioso.
Que poderia dar-te,
em troca de tão sublime graça ?

Nada no mundo se poderia comparar
Ao grande livramento
Que foste capaz de me dar
Me livrou de todo o tormento
Iluminou meu caminhar

Tudo o que posso oferecer
é o meu coração;
Minha vida, cada respiração


a Ti.



*renascida tbm pq o meu nome, Renata, quer dizer renascida. ; )

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

'Porque nós somos para Deus o bom perfume de Cristo...' 2 Co 2:14


- Olá, pessoal... Estou começando meu blog hojee, com a intenção de continuarr.. ueheuheuheuh
Vocês é que vão me ajudar nisso, ok ?
É que eu tenho aquele probleminha de começar uma coisa e não terminar... ; D
Mas se ficar interessante, é possível que eu permaneça...
E o que faz um blog interessante são as visitas !

Sim, eu sei, importa muito o conteúdo...

- O meu blog vai conter poesias, algumas de minha autoria, outras não; fotos, vídeos, tudo com o intuito de edificar a fé daqueles que visitam.

O versículo acima está falando que nós espalhamos o evangelho para todas as pessoas, como um perfume que se espalha por todos os lugares =]

- Interesses profissionais tbm !
Se alguém estiver precisando de Traduções [Inglês -> Port], Revisão de Textos, ou algo do gênero, me procure !

Por enquanto é só.... BeijoS !