Suba a minha oração perante a vossa face como incenso, e as minhas mãos levantadas sejam como o sacrifício da tarde. {Salmos 141:2}

quinta-feira, 26 de junho de 2008

clichê sentimentalóide melodramático


Por que tínhamos que partir?
Por que fomos tão apressados?
Um beijo como adeus
Nós dois tão calados...

O vento frio, gelado
Daquela noite azul e fria
Não te teria mais ao meu lado
A brisa do mar à noite é tão sombria...

Depois que anoiteceu
Nada mais eu vi,
Não sei o que aconteceu,
Disseste mesmo o que ouvi?

As ondas quebravam com violência
Mas era difícil reconhecê-las na escuridão
Revoltado assim estava meu coração
Com a tua futura ausência

Que inconseqüência te amar!
E só agora me dizes
Que não vais mais estar...

Pois bem, que te vá!
E se um dia voltares
Não mais me encontrarás...

sábado, 21 de junho de 2008

Dezoito



Dezoito anos tenho eu
Dezoito primaveras
A idade das quimeras
Da infância que se perdeu

A menina que brincou deveras
Ainda não se cansou
Sua boneca ainda a espera
Junto ao coelhinho Tambor

Mas agora não dá tempo
A vida adulta está chegando
A obrigação é um fio puxando
Para bem longe da puerícia

Temos que desviar o olhar
Evitar gente desconhecida
Ir levando a vida
Correndo sem pensar

Temos que perder a inocência,
O amor, a complacência,
Perder o tempo, grande tesouro
Que possuíamos sem notar

Estar na transição
entre adulto e criança
Dá uma certa tensão
Mas traz também esperança

Pois há à frente, um horizonte
Indistinto, um alto monte
Cujo cume sonhamos alcançar

O que há lá? Só Deus sabe
Por isso a Ele cabe
O papel de nos orientar

Então eu sigo com confiança
Pois sendo adulta ou criança
Tenho o Pai para me guiar.