Suba a minha oração perante a vossa face como incenso, e as minhas mãos levantadas sejam como o sacrifício da tarde. {Salmos 141:2}

terça-feira, 21 de julho de 2020

Casas de Alcântara

Nas casas de Alcântara
Repousam mistérios
Que nem em séculos
Se poderiam conhecer

Que terá sido este prédio?
Que terá visto essa ruína?
A nossa alma rumina
Imagina, em meio ao tédio




Al qantarah, ponte cristalina
Cântaro de fantasia
Portal entre o ser e o não ser
Inebriado de maresia

Nas casas pequenas, multicoloridas
Dançam fantasmas do passado
Lágrimas, açoites e martírios
Casa grande e senzala, lado a lado

Ressoam tambores de assombros etéreos
Caçoam as almas dos sonhos de eterno...


~Renata Ribeiro~