Suba a minha oração perante a vossa face como incenso, e as minhas mãos levantadas sejam como o sacrifício da tarde. {Salmos 141:2}

sábado, 21 de junho de 2008

Dezoito



Dezoito anos tenho eu
Dezoito primaveras
A idade das quimeras
Da infância que se perdeu

A menina que brincou deveras
Ainda não se cansou
Sua boneca ainda a espera
Junto ao coelhinho Tambor

Mas agora não dá tempo
A vida adulta está chegando
A obrigação é um fio puxando
Para bem longe da puerícia

Temos que desviar o olhar
Evitar gente desconhecida
Ir levando a vida
Correndo sem pensar

Temos que perder a inocência,
O amor, a complacência,
Perder o tempo, grande tesouro
Que possuíamos sem notar

Estar na transição
entre adulto e criança
Dá uma certa tensão
Mas traz também esperança

Pois há à frente, um horizonte
Indistinto, um alto monte
Cujo cume sonhamos alcançar

O que há lá? Só Deus sabe
Por isso a Ele cabe
O papel de nos orientar

Então eu sigo com confiança
Pois sendo adulta ou criança
Tenho o Pai para me guiar.

4 comentários:

  1. putz!!! O que falar desta?!
    Senhorita Rê está foi sem dúvida a que eu mais gostei até agora!!!

    mesmo com rimas, tem a fluência da prosa!
    linda e muito expressiva!

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  2. ehhhhhhhhhhhhhhhhh
    foda doida!
    renata, até onde vai o eu e o subjetivismo? até onde a expressida se entrelaça com a nossa vida? odeio ser assim...
    expressar sem se misturar? impossível!

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  3. Oieeeee, vim retribuir sua visita... fico feliz que tenha gostado do texto do meu blog, e seu blog é uma fofura... amei essa poesia, vc quem fez? maravilhosa! bjs e ótimo dia

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