Suba a minha oração perante a vossa face como incenso, e as minhas mãos levantadas sejam como o sacrifício da tarde. {Salmos 141:2}

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Fidelidade




Quero encontrar o amor que nunca tive
Gestos novos, palavras nunca ditas
Emoções corriqueiras e inimagináveis

Quero encontrar a novidade, enfim
Num amor que não cabe em mim
No meu medo das coisas estáveis

Leiamos uma vez mais
Os livros que já lemos juntos
Renovemos nossos assuntos
Diminuamos nossos “ais”

Deixa-me adoçar teu café
Fazer-te um agrado, um cafuné
Que nos faça esquecer quem somos
Que nos faça lembrar os sonhos

Refletir-me sempre nos mesmos olhos
Com uma dose a mais de ternura
Sentir sempre as mesmas mãos
Com o toque inesperado de candura
Beijar sempre os mesmos lábios
Esgotando-os em carinho e fartura

O amor que nunca tive é, ao fim,
O amor que sempre tive em mim
É a paixão que se transformou
Na suave (in)constância do amor.
16.10.08
; renatinha limaa ~ *