Postagens

Só sei que não sei viver sem você

Imagem
Não sei se você ainda me quer Como sua namorada O que sei é que parada Já não posso mais ficar Não sei se sorriso ou silêncio Se poema ou lágrima, Telefonema ou carta, Pra revelar minha intenção Não sei se orgulho ou loucura, Se indiferença ou candura, Carro de som ou faixa na rua, Pra fazer você me olhar Só sei que essa dor me inspira E aqui dentro há uma voz que grita: “Tenha esperança! Não pare de lutar!” Só sei que preciso realmente de você Que eu não posso te perder, nem recuar Você é uma parte de mim... Só sei que nós dois erramos Que esquecemos nossos sonhos e planos E que não podemos acabar assim... Não sei qual será a sua resposta, Só sei que esta é a minha proposta: – Volta pra mim? ; renatinha ribeiro ~ *

clichê sentimentalóide melodramático

Imagem
Por que tínhamos que partir? Por que fomos tão apressados? Um beijo como adeus Nós dois tão calados... O vento frio, gelado Daquela noite azul e fria Não te teria mais ao meu lado A brisa do mar à noite é tão sombria... Depois que anoiteceu Nada mais eu vi, Não sei o que aconteceu, Disseste mesmo o que ouvi? As ondas quebravam com violência Mas era difícil reconhecê-las na escuridão Revoltado assim estava meu coração Com a tua futura ausência Que inconseqüência te amar! E só agora me dizes Que não vais mais estar... Pois bem, que te vá! E se um dia voltares Não mais me encontrarás...

Dezoito

Imagem
Dezoito anos tenho eu Dezoito primaveras A idade das quimeras Da infância que se perdeu A menina que brincou deveras Ainda não se cansou Sua boneca ainda a espera Junto ao coelhinho Tambor Mas agora não dá tempo A vida adulta está chegando A obrigação é um fio puxando Para bem longe da puerícia Temos que desviar o olhar Evitar gente desconhecida Ir levando a vida Correndo sem pensar Temos que perder a inocência, O amor, a complacência, Perder o tempo, grande tesouro Que possuíamos sem notar Estar na transição entre adulto e criança Dá uma certa tensão Mas traz também esperança Pois há à frente, um horizonte Indistinto, um alto monte Cujo cume sonhamos alcançar O que há lá? Só Deus sabe Por isso a Ele cabe O papel de nos orientar Então eu sigo com confiança Pois sendo adulta ou criança Tenho o Pai para me guiar.

A incapacidade de ser verdadeiro

Imagem
Paulo tinha fama de mentiroso. Um dia chegou em casa dizendo que vira no campo dois dragões-da-independência cuspindo fogo e lendo fotonovelas. A mãe botou-o de castigo, mas na semana seguinte ele veio contando que caíra no pátio da escola um pedaço de lua, todo cheio de buraquinhos, feito queijo, e ele provou e tinha gosto de queijo. Desta vez Paulo não só ficou sem sobremesa, como foi proibido de jogar futebol durante quinze dias. Quando o menino voltou falando que todas as borboletas da Terra passaram pela chácara de Siá Elpídia e queriam formar um tapete voador para transportá-lo ao sétimo céu, a mãe decidiu levá-lo ao médico. Após o exame, o Dr. Epaminondas abanou a cabeça: “Não há nada a fazer, Dona Coló. Este menino é mesmo um caso de poesia”. Carlos Drummond de Andrade : D

A cidade do sol - apenas impressões pessoais

Imagem
Uma madrugada, nada demais No dia seguinte não há aula E a história precisa continuar Como um filme no cinema, Que não tem intervalo. Os meus olhos brilham junto Com os de esmeralda de Laila, e não crêem Ao ler o nome "Tariq", ficando tão ou mais sem fôlego do que ela ao ver seu amor Depois de tanto tempo... Tanto sofrimento... A dor, a coragem e a abnegação de Mariam A morte merecida de Rashid O amor de uma vida inteira, sensato e louco, De Laili e Majnoon; Laila e Tariq. O pressentimento do que iria acontecer a Nana... Todo o meu ser devorou este livro E as suas palavras ainda estão Ressonando no meu coração Essa bela história, que ficará em minha memória Assim como a revolta por uma guerra sem vitória... Sem vencedores e sem sentido.... [Não tenho palavras: é lindo!]

As águas de minha vida

Imagem
Num mar de saudade Memórias inquietantes me inundam Sonhos afogados me perturbam Quimeras doutra cidade.... Quando nasci, era um rio transparente Que pela força da corrente Foi deixando-se levar Eu era uma límpida nascente Uma criança inconseqüente Livre dos perigos do mar Mas poluíram-me a alma em dissabores Falsas promessas, falsos doutores, Querendo o meu rio assorear Os sedimentos, as folhas caídas As flores das primaveras vividas, Tudo caminha para a foz: O oceano - destino atroz! Onde tudo irá se misturar...

A Flor Bela dos sonetos de oiro

Imagem
Se tu viesses ver-me... Se tu viesses ver-me hoje à tardinha, A essa hora dos mágicos cansaços, Quando a noite de manso se avizinha, E me prendesses toda nos teus braços... Quando me lembra: esse sabor que tinha A tua boca... o eco dos teus passos... O teu riso de fonte... os teus abraços... Os teus beijos... a tua mão na minha... Se tu viesses quando, linda e louca, Traça as linhas dulcíssimas dum beijo E é de seda vermelha e canta e ri E é como um cravo ao sol a minha boca... Quando os olhos se me cerram de desejo... E os meus braços se estendem para ti...