Suba a minha oração perante a vossa face como incenso, e as minhas mãos levantadas sejam como o sacrifício da tarde. {Salmos 141:2}

domingo, 5 de setembro de 2010

Leitura póstuma dos poetas sempre vivos



Assombra-me um arrepio

Ao ouvir dos versos a música,

Neste sarau tardio,

A soar sua beleza súbita


Opera-se mágica tal

Quando se encontram palavra e voz

Que subleva-se calor irreal

Entre os poetas lidos e nós


Homenagem tão grande é esta leitura

Que não podemos adivinhar-lhe a glória

De revelar a mais perpétua das honras

A qual dá-se, em secreto, nesta hora


Pois não habita em um nome

Pomposo, em ouro, num livro a luzir

Mas apenas na alma de um homem

Que, ao ler o poema, pôde sorrir...

4 comentários:

  1. Adorei Renatinha, me tocou profudamente, até me inspirou p/ ler mais. Não basta contar as pessoas a emoção que sentimos com determinadas coisas, é necessário motivá-las a sentir a mesma coisa.

    :*

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  2. Olha, uma blogueira de São Luís *-* hahaha, tô emocionada, ainda mais pelos seus poemas - tenho uma invejinha secreta de quem sabe escrever poesias, me entenda. Muito bom o seu texto, mesmo :)
    Beijos!

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  3. Que há mais de explícito em nosso corpo que um arrepio súbito? Que não é nem a surpresa e nem o óbvio, mas exprime aquilo que sentimos quando, por exemplo, escutamos um verso.

    Gostei Rê....
    Saudades de ti...
    Abraço.

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  4. Cara, sério que estuda isso? Que legal! Pra gente que faz Letras esse tipo de coisa é algo como o paraíso, não? haha Tenho certeza que deve ser magnífica a pesquisa com essa temática :)

    ps.: por favor, não desanime, né? Vejo blog completamente idiotas por aí com 50, 60 comentários. É só um número que não mede qualidade.

    Beijos.

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