Suba a minha oração perante a vossa face como incenso, e as minhas mãos levantadas sejam como o sacrifício da tarde. {Salmos 141:2}

sábado, 19 de junho de 2010





Meus olhos só podiam ser castanhos
Pois sou eu toda tão castanha,
Tão comum
E ao mesmo tempo, tão estranha
Que outra cor, ao me fitarem,
Não poderiam encontrar
Senão a mais comum de todas
Porém profunda e forte
Como um sulco na mais antiga árvore
De tronco retorcido.

4 comentários:

  1. Nossa, Rê!!! esse poema traduz uma relação linda entre voce e árvore. Voce, a extensão dela. E lembre: é tão difícil quebrar a castanha, não é? Beijo grande
    P.S. Daqui a pouco vou analisar teu poema à luz da paisagem. hihihihihihihi

    ResponderExcluir
  2. Se todos os rios são doces, de onde o mar tira o sal?
    Como sabem as estações do ano que devem trocar de camisa?
    Por que são tão lentas no inverno e tão agitadas depois?
    E como as raízes sabem que devem alçar-se até a luz e saudar o ar com tantas flores e cores?
    É sempre a mesma primavera que repete seu papel?
    E o outono?... ele chega legalmente ou é uma estação clandestina?

    Sobre o autor:
    O poeta chileno Pablo Neruda (1904-1973), foi um dos mais importantes poetas da língua castelhana do século XX, e cônsul do Chile na Espanha e no México. Publicou seus primeiros poemas no periódico regional, A Manhã, na cidade de Temuco.

    meu e-mail gatomestre.sl@gmail.com

    ResponderExcluir
  3. O artista só ama a sua arte, o que faz dele um egoísta, mas um egoísta nobre.
    Ele esquece tudo que possa atrapalhar a sua arte.
    Não suporta que cheguem até ele, não suporta que o acompanhem.
    Ele está sempre criando e sempre sob tensão.
    Não quer ninguém ligado a ele, não quer absolutamente nada, mesmo que seja um momento muito terno.
    É preciso deixá-lo fazer o que ele quer fazer, sem jamais perguntar a razão.
    Não esperar nada, dar tudo, se calar quando ele estiver de mal humor e seguí-lo quando ele estiver iluminado.
    Última coisa: ele não mudará nunca!

    Sobre o autor:
    Thomaz Bernard (1931-1989) foi um escritor austríaco e é considerado um dos mais importantes escritores germanófonos da segunda metade do século XX. Deixou uma obra considerável que inclui dezenove novelas, dezessete obras teatrais entre outros livros breves ou autobiográficos.

    meu e-mail gatomestre.sl@gmail.com

    ResponderExcluir

Vou adorar saber o que você achou. Fique à vontade :)