4º Motivo da Rosa
Não te aflijas com a pétala que voa:
também é ser, deixar de ser assim.
Rosas verás, só de cinza franzida,
mortas intactas pelo teu jardim.
Eu deixo aroma até nos meus espinhos,
ao longe, o vento vai falando em mim.
E por perder-me é que me vão lembrando,
por desfolhar-me é que não tenho fim.
Cecília Meireles, in Mar Absoluto e outros poemas.
..:: Recomendo o estudo deste poema feito por Maria Luiza Ramos em RAMOS, M. L. O sentimento do eterno. In: ______. Fenomenologia da obra literária. 2. ed. Rio de Janeiro - São Paulo: Forense, 1972, p. 214-221. ::..
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