Não te aflijas com a pétala que voa: também é ser, deixar de ser assim. Rosas verás, só de cinza franzida, mortas intactas pelo teu jardim. Eu deixo aroma até nos meus espinhos, ao longe, o vento vai falando em mim. E por perder-me é que me vão lembrando, por desfolhar-me é que não tenho fim. Cecília Meireles , in Mar Absoluto e outros poemas . ..:: Recomendo o estudo deste poema feito por Maria Luiza Ramos em RAMOS, M. L. O sentimento do eterno. In: ______. Fenomenologia da obra literária . 2. ed. Rio de Janeiro - São Paulo: Forense, 1972, p. 214-221. ::..