um pedido à estrela
Já enjoei dos meus livros,
de todas as minhas músicas,
de todos os meus afazeres.
Já enjoei desses meus dias pálidos,
de emoções fracas, quase nulas
ou, por vezes, frustrantes.
Meu maior desejo agora
se uma estrela o quisesse conceder
ao contemplar, do céu, minha solidão
seria um instante apenas
um efêmero pulsar
como o seu próprio brilho, na noite...
Que ela me desse apenas esses segundos
Sem consequências ou ilusões
E me trouxesse de volta à minha paz!
No entanto, inerte e rígido,
O astro ouve as minhas súplicas
E ri-se; bem sei a razão:
"Tolo ser humano! Acaso pensa que subsistirá,
ileso, a essa armadilha da emoção?
Mil infortúnios podem passar esses seres,
mas nunca aprendem;
o que lhes domina é o coração!"
//S.L., 09 fev. 2010
Eita que adoro a indiferença das estrelas.
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