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Mostrando postagens de junho, 2008

clichê sentimentalóide melodramático

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Por que tínhamos que partir? Por que fomos tão apressados? Um beijo como adeus Nós dois tão calados... O vento frio, gelado Daquela noite azul e fria Não te teria mais ao meu lado A brisa do mar à noite é tão sombria... Depois que anoiteceu Nada mais eu vi, Não sei o que aconteceu, Disseste mesmo o que ouvi? As ondas quebravam com violência Mas era difícil reconhecê-las na escuridão Revoltado assim estava meu coração Com a tua futura ausência Que inconseqüência te amar! E só agora me dizes Que não vais mais estar... Pois bem, que te vá! E se um dia voltares Não mais me encontrarás...

Dezoito

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Dezoito anos tenho eu Dezoito primaveras A idade das quimeras Da infância que se perdeu A menina que brincou deveras Ainda não se cansou Sua boneca ainda a espera Junto ao coelhinho Tambor Mas agora não dá tempo A vida adulta está chegando A obrigação é um fio puxando Para bem longe da puerícia Temos que desviar o olhar Evitar gente desconhecida Ir levando a vida Correndo sem pensar Temos que perder a inocência, O amor, a complacência, Perder o tempo, grande tesouro Que possuíamos sem notar Estar na transição entre adulto e criança Dá uma certa tensão Mas traz também esperança Pois há à frente, um horizonte Indistinto, um alto monte Cujo cume sonhamos alcançar O que há lá? Só Deus sabe Por isso a Ele cabe O papel de nos orientar Então eu sigo com confiança Pois sendo adulta ou criança Tenho o Pai para me guiar.