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Mostrando postagens de agosto, 2009

a um amigo;

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Com magníficos disfarces Arrebatou-me a alma Ruborizou-me as faces Leu pra mim, enigmático Os claros sonhos, realces, Sóis entre os soltos cachos Magnânimo como um sábio Alongam-se os seus mistérios Guardando a fé singela, Nordestina; por etéreos Oclinhos, janelas do (seu) mundo.

Ele & Ela

Tudo o que ele queria Era alguém pra partilhar um livro Um pensamento, um comentário Uma garrafa de café Mas tudo chegou a um nível Em que cada um representa Apenas aquilo que é Tudo o que ela queria Era alguém que fosse gentil Um afago, um argumento A favor, um ser de paz Mas tudo chegou a um nível Em que cada coisa está Simples e exatamente Onde deveria estar Tudo o que eles queriam Era amar a si mesmos no outro Uma expectativa, uma cobrança Um sonho, uma lembrança Mas tudo chegou a um nível Em que cada um representa O que não é, onde não deveria estar.

a flor do caminho

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Entre várzeas e riachinhos Entre as pedras do caminho Havia uma flor. Pequenina, era quase invisível Aos humanos, aos animais, às plantas E a qualquer ser menos sensível Mas ela estava ali E o anil celeste pintava suas pétalas Retocando-a com nanquim Seu botão, este era grande Branquinho qual ninguém pintou E seguia a vida, se sustentando Num talo sem espinhos de dor Havia, porém, nessa flor Algo deveras especial Algo revelador Que entre o universo e ela se dava Apenas E seu contato era mesmo encantador: Quando chovia na cidade Nas entranhas de seu caule Ela sentia .................. as lágrimas da humanidade Se fazia sol na terra Observando os seus Ela sentia ................. o cálido adeus .................. em que tudo se encerra Quando as folhas cobriam o chão Ainda que rodeada e aquecida Ela sentia ................ a dura pena da solidão E se os pássaros e outros entes Vinham fazer-lhe companhia Ela sentia ............... ser por ocasião das sementes ................ e frutos qu...