Certo dia, estava eu perto do fim da fila do Restaurante Universitário, já me preparando psicologicamente para esperar bastante, quando meu desconhecido colega da frente, que depois descobri ser do curso de filosofia, interrompe meus pensamentos com o seguinte comentário: - É impressionante como esse pessoal fura a fila, não é? - Ah, é! Eles vão entrando, na maior “cara-de-pau”. - Imagina só que profissionais serão esses... Eu vou continuar fazendo a minha parte. - É verdade, mas se a pessoa que for passada para trás não reclamar, tudo vai continuar como está. Nós também temos que mudar a nossa atitude. - As pessoas já estão acostumadas. O errado, quando é conveniente, se torna certo, ou no mínimo menos errado. Meu colega tirou um livro da mochila e começou a lê-lo, dando aqueles sinais não-verbais, porém inconfundíveis, de fim de conversa. Eu fiz o mesmo, mas meus pensamentos continuavam no assunto. Eu me perguntava, então: “Se em um ambiente elitizado como uma universidade, onde se s...